Garagem. Elevador. Décimo quarto andar. Corredor. Porta. Sala. E um dia de trabalho para trás. Um dia de superação. Um dia de reconhecimento.
Às vezes você chega em casa e a única coisa que quer é estar bem. Em todos os sentidos. Bem com o espelho. Bem com o universo. Bem com sua cabeça. Bem, bem.
Às vezes você chega em casa e quer dançar escondido no quarto aquele forró brega que você não assume que escuta. Você quer comer um pote de sorvete com cobertura e não é por depressão. É pelo simples prazer de comer. Coma.
Às vezes você chega em casa e quer uma latinha de cerveja. Sim, aquela esquecida no fundo da geladeira. Pega o amendoim no armário e manda ver. Você só quer isso.
Às vezes você chega em casa e quer gritar, cantar aquele inglês que você não sabe e mandar o vizinho ir se catar. Ou então, entrar na sua festa particular.
Às vezes você quer chegar em casa e ouvir uma mentirinha que lhe agrade. Um "nossa como você está cheiroso", mesmo estando um "nossa, você esqueceu o desodorante?".
Às vezes você chega em casa e apenas chega. Deita na cama, não pensa nas coisas ruins, não pensa nas boas. Não pensa. Só dorme.
Às vezes você chega em casa e quer o silêncio. Quer sua consciência. Ou quer deixar ela pra lá. Você chega e quer paz.
Às vezes você chega em casa e só quer respirar. Só quer um suspiro sem peso. Mas esse, é o mais difícil de conseguir, mesmo que só dependa de você.
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